sábado, 24 de julho de 2010

Pluralidade

Me escondo atrás das incertezas. Não gosto de compartilhar momentos tão intensos com a solidão, ao mesmo tempo que, preciso dela pra me recompor. É necessário estar só, e ao mesmo tempo não. Sinto uma vontade imensa de escrever, mas aqui dentro há um espaço vazio tão grande que não consigo nem começar. Pluralidade de sentimento, estar tão feliz e tão triste. Começo a perceber o espaço de tempo em outro tempo. Tempo de gente grande. Tempo de desafios e conquistas somados a um outro lado nem tão feliz e harmonioso assim.


"Mas ando meio descontente,
Desesperadamente eu grito em português.."

Embaços de sábado à noite..



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sábado, 10 de julho de 2010

Desacredito em tudo o que você acredita, desacredito na vida,
desacredito em mim, desacredito no amor. Hoje. Desacredito, simplesmente.
Que força é essa que a distância exerce sobre as pessoas?
                                   Minha cabeça dói.




"Quem diz que me entende nunca quis saber

Como uma ampulheta imóvel, não se mexe,
não se move, não trabalha.

E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir
e vou voar pelo caminho mais bonito"


Clarisse
Renato Russo
 
Coloquei uma variedade de músicas pra ouvir.
E quando começo a escrever, toca essa música.
Coincidências existem?
 
 
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quarta-feira, 7 de julho de 2010




" Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar ?! "

... Não vá ainda.

Zélia Duncan

domingo, 30 de maio de 2010

Te[a]m[p]o

Te amo, digo baixinho para o Tempo não escutar. Digo baixinho, pois o Tempo tem andado sacana comigo nesses últimos dias. Fico aqui parada dentro do meu quarto, imóvel para o Tempo não me ver, quem sabe assim ele sai da minha cola. Fico perdida com o Tempo atrás de mim. Ele sabe que meu tempo é diferente do dele, que é diferente de outros Tempos que andam nas ruas por aí. Fico aqui quietinha para ver quanto Tempo tem a saudade. Não sei ainda, mas continuo a me perguntar “Quanto Tempo tem a saudade?” às vezes mudo de pergunta “Quanta Saudade tem no Tempo?”, mas acho que dá na mesma as duas perguntas, continuo aqui deitada esperando o Tempo passar. Fico na espera do Tempo passar, para meu corpo passar pelo Tempo e eu ter tempo dentro do Tempo. Tempo para quando você chegar eu lhe abraçar, lhe sentir, lhe olhar. Eu sei que tudo tem um Tempo. Tempo do vento quando ele vem e balança as folhas das árvores. Tempo do balanço balançar com o vento que passou no Tempo e o embalo ficou. Tempo do balanço parar das folhas caírem.
Enquanto fico aqui deitada penso que o Tempo e o Vento são amigos, pois o Tempo não passa, só o vento no meu rosto que passa, toca como se fosse um véu. Contemplo o céu sendo tocada pelo vento e é nesses momentos que sinto que o meu Tempo e o seu Tempo estão juntos, sincronizados lado a lado no mesmo espaço.
Na demora do Tempo passar agarro lembranças pelos pés, desse cotidiano meu, que mudou. Vejo que a percepção de tudo está disfocada e ora lenta, ora descompassada no bater do ponteiro.
Minha mãe me ensinou a rezar quando criança e no desespero para que o Tempo passe oro ao relento do tempo, faço um pedido e um acordo, para que o Tempo me traga de volta o Tempo perdido, vivido e desmedido dessa saudade indelével da pessoa amada. Rogo ao Tempo para que junte nossos Tempos.
Não sei se o Tempo me escuta, mas na escuridão do quarto durmo, para o Tempo passar e um novo dia nascer.



Elisandro Rodrigues e Vanessa Lopes

Mistura de culturas,
Rio Grande do sul e Minas

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Eno, você deu vida às minhas palavras
 e corpo à minha saudade!


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terça-feira, 18 de maio de 2010

Pedido de Desculpa


Desculpe, se minha saudade é grande, capaz até mesmo de transformar palavras tão doces
em palavras tão ásperas. Desculpe- me, é que a solidão tomou corpo. Chegando a estar
palpável, e desde então ela não me dá sossego, insiste em soprar ao pé do ouvido
- que estou só - todos os dias.
Desculpa.


Termino assim, com um sentimento sem definição,
que ultrapassa a linha da Saudade.


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Te amo
Preta

terça-feira, 4 de maio de 2010

Trinta Dias

' Se me olhar no rosto
Vai ver
As tristes marcas
No sorriso...'




Trinta Dias..
.. e agora, contagem regressiva nos próximos 30 dias.
.. êta, tempo que não passa.
Saudade!

 
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Preta

quinta-feira, 29 de abril de 2010

.. dias

'Os dias andam iguais,
As tardes intermináveis,
E as noites,
Enluaradas,
Não,
Estas não estão iguais,
Cada dia uma estrela nova no céu,
Insiste,
Em me fazer acreditar,
Que amanhã será melhor,
Porque tudo passa.
Que a saudade que sufoca
Intermitentemente,
Vai passar,
Um dia quem sabe;
Quando eu poder te abraçar.'



26 dias ..



.. Queria poder descrever em palavras claras e simples,
o quanto (se é que isso pode ser medido) é gostar de alguém,
mas, o ser humano, por mais que se expresse da melhor maneira possível,
com o português mais claro e límpido que exista, jamais irá conseguir
dizer o que é e o quanto é, nem mesmo a proporção e a dimensão que isso tem.


.. IMENSA,  S  A  U  D  A  D  E   no coração.

Namastê
Preta

domingo, 18 de abril de 2010

Eu nunca..

Nunca tive muita sorte. Nunca ganhei nada de ninguém que não fosse no dia do meu aniversário, presentinhos do tipo 'me lembrei de você', sabe, aqueles que você passa, vê, lembra de alguém, pode ser sei lá, uma florzinha roubada surrupiada do vizinho (como eu faço sempre com as pessoas).. Mais nova, sempre me achei sem graça, por isso, ficava calada, preferia escutar, do que falar. Nunca achei que o gatinho da escola olharia pra mim. (Nesse quesito me enganei, o gatinho tá comigo a 8 anos, mas isso não vem ao caso agora) voltando ao assunto... Agora depois de grandinha aprendi a driblar essas coisas, se você finge que é segura e tal, todo mundo acredita. Nada na minha vida veio de mãos beijadas, fácil, tudo que tenho, ou melhor, o pouco que tenho, foi suado, desde criança era assim, minha irmã ganhava dinheiro do meu pai e se eu pedisse Meu Deus era o maior esporro.. Até hoje é assim. Me acostumei. Aprendi a trabalhar cedo. Não gosto de chorar meus problemas para os outros. Se você me olhar, vai achar que sou extremamente segura e que não tenho problemas. Claro, às vezes não sou de ferro, e sei que posso chorar no ombro de um ou dois amigos, no máximo.. Mas prefiro chorar sozinha, no meu canto, no meu travesseiro. Porque amigos estão em extinção. Posso ter um problema maior que o seu, mas se você chegar perto de mim com algum problema vai me encontrar de sorriso no rosto, pronta pra te ouvir, como se eu não tivesse problemas. Gosto de gente que tem um coração que pulsa, que chora, que se encanta. Me identifico com pessoas carinhosas, com pessoas que guardam lembranças e as dividem com você. Acho que deve ser muito triste não ter uma história pra contar, histórias de coisas mínimas, mas que seja a sua história, que tenha significado pra você, porque nossas histórias só tem significados para gente mesmo. Não me identifico com pessoas que não tem um coração que vibra, sabe aquela pessoa que não divide nada, você nunca sabe se ela tá triste, tá feliz, se tá com saudade, se tá com dor de barriga, oww, a pessoa não tem a menor expressão emocional, isso me irrita! e se for alguém muito próxima a mim, me decepciona ela não deixar ninguém perceber quem é ela de verdade. Sim, porque sentimento seja qual for demonstra no mínimo sua reação e como você é perante aquela situação, seja ela qual for. Pessoa fria, me deixa perplexa, desacreditada, incrédula com o ser humano. Quebro a cara sempre, por isso. O que mais temos a nossa volta são pessoas calculistas, que só se preocupam com o próprio umbigo. Triste. Mas fico feliz por conviver com pouquíssimas (quero dizer 1 ou 2) pessoas que quando chegam perto de mim, dizem: " Me dá uma abraço?! Tava com saudade de você!".. é muito bom sentir que você faz a diferença pra alguém, que ela tem consideração por você. Quem não gosta de se sentir querido?! .. sei lá, as vezes tem algum doido por aí, neh?!
Não gosto de estar sozinha, de me sentir sozinha. 
É como um dia frio de outono. Vento nos cabelos, paisagem seca. 
É como uma foto em preto e branco. Sem vida.



Saudade demais, me tira do eixo.
Preciso de um abraço.
De colo. De você.



Namastê.
Preta




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Frase do Dia

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"Era uma viagem inventada no feliz; para ele produzia-se em caso de
sonho."


(Guimarães Rosa)

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Preta

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um dia me disseram..


Ouvi essa música hoje, me lembrei de você.
Daquele dia na escola, lembra?
Quando ainda éramos duas crianças, e tendo
a certeza que já era grande..
Passado tantos anos, descobri que hoje somos grandes,
que o ontem era o futuro que a gente brincava que
chegaria, e que no entanto já chegou.
Soluço preso na garganta..
O 'valor' da palavra 'valor' significa muito pra quem
conhece de fato o que é isso.
Saudade. (!)



Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração...


A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Quem eram os donos
Da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro, ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção
Quem ocupa o trono
Tem culpa
Quem oculta o crime
Também
Quem duvida da vida
Tem culpa
Quem evita a dúvida
Também tem...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...


Somos Quem Podemos Ser
Composição: Humberto Gessinger


Um dia me disseram...
Preta

Namastê

domingo, 4 de abril de 2010

Ele foi embora


"Pode ser do vento vir contra o caes, e se já não sinto teus sinais, pode ser da vida acostumar. Será, morena? Sobre estar só, eu sei... E agora, o amanhã, cadê?!"


Bem direto o título do post.
Ou seja, sugere que no mínimo ele tenha ido embora, e claro, eu tenha ficado. De fato, é o que aconteceu. Feliz demais pelo motivo, pelo crescimento. Mas por outro lado, saudade já, olhos longe, corpo também. Choro, é a única forma de extravasar o que tenho aqui dentro. Ninguém entende. Só entende quem um dia passou por algo parecido.
Meu corpo está em transe, muitas noites em claro, de virote. Trabalho, fim de faculdade, TCC, coração em jogo, cama, noites de insônia e mais um dia chega e a cabeça e o corpo ligados no 220 watts. Mil coisas de uma só vez.
Eu choro. Tento assimilar a situação.
Putz.. Minas/ Bahia é longe pra caralho. '.. vou levando assim, que o acaso é amigo, do meu coração.'
Meu Deus! mil perguntas na cabeça, e o pior, todas sem respostas.
Anos a fio de relacionamento, e agora, como vai ser?? Será? Situação egoísta.
.. é amor, disso não tenho dúvidas. As palavras se misturam, sentimentos também. Meu coração foi com ele. Como vou viver agora? Um minuto de silêncio, respirar profundo, o olhar acompanha as letras que vão surgindo na tela, uma a uma. Loucura. É preciso força, pra 'perceber que a estrada vai além do que se vê.'
Coração doendo. Palavras embaralhadas assim como minha cabeça. Você. Começo. ( Ciclos - Coincidentemente - Páscoa. ) Fim.

mais coincidência ainda essa música..

Bilhetinho Azul
Composição: Roberto Frejat e Cazuza


Hoje eu acordei com sono e sem vontade de acordar
o meu amor foi embora e só deixou pra mim
um bilhetinho todo azul com seus garranchos
Que dizia assim "Chuchu vou me mandar!"
é eu vou pra Bahia (pra bahia) talvez volte qualquer dia
o certo é que eu tô vivendo eu tô tentando Uuu!!!

Nosso amor, foi um engano

Hoje eu acordei com sono e sem vontade de acordar
Como pode alguém ser tão demente, porra louca
inconsequente e ainda amar, ver o amor
como um abraço curto pra não sufocar
ver o amor como um abraço curto pra não sufocar.


Feliz Páscoa! com muito chocolate pra todo mundo,
sem vontade de comer, muito menos chocolate, alguém
quer os meus?! Eu dou!.. rs

Preta

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quando Fui Chuva




Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer, acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha sem ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas

E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deicar viver!

Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca

E, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela


(Composição: Luis Kiari e Caio Soh)


Muito tempo sem postar.. Um pouco dessa pausa é a falta de muita coisa, talvez até de mim mesma. Pressão! Mas tô com saudade de voltar a escrever pro além, pra mim, pra você.
Saudade de mim!
Lopes..(como diria a Enes!rs)