domingo, 30 de novembro de 2008

O Sonho


A noite, quando ela chegara em casa, após um dia cansativo de trabalho e de estudo, ela passara direto para seu quarto, e ali, diante de uma tela de computador tinha um mundo ao seu alcance, inclusive as pessoas que ela mais gostava, era uma forma de mantê-los mais próximos, talvez porque as pessoas com as quais ela mais se identifica e gosta, ‘TODAS, SEM EXCEÇÃO’, moram longe dela, e ali dentro do seu quarto ao alcance das mãos, ela os tinha mais perto. Ela estava aparentemente bem, apesar do seu fim de semana ter sido triste, de perdas em sua família... foi um tanto turbulento, de sentimentos contraditórios... mas, no entanto, ela sorria, porque estes com quem ela gostava de passar o tempo, seja conversar, sorrir, fazer careta ou seja lá o que for, tinham dedicado algum tempo para ela.
E então, antes de dormir ela contemplava as estrelas e o mesmo céu que ele com certeza olhava naquela mesma hora. Leu seus e-mails, respondeu alguns. Estava cansada. Resolveu ir dormir. Deitou-se. Mas não conseguiu dormir, então, pegou seu celular e remeteu uma mensagem para ele, com o intuito de dizer a ele que, naquele momento ela pensara nele. Logo em seguida, passado alguns minutos ela pegou no sono. Seu celular toca. Era ele!... eles não se falaram. Ela, sorri. Depois adormece.
Amanheceu!
Ela acordou feliz... com um gosto de inspiração. Ela sonhou; a muito tempo ela não sonhara assim, com algo que lhe inspirasse tanto. Sonhou com o mar, montanhas e com um rapaz, cujo o rosto ela não viu, mas sentiu. No sonho, ela sorria muito, trocavam brincadeiras. Ela se recorda que eles conversaram muito e que tudo isso deve ter se passado mais ou menos durante um dia inteiro, estavam assentados na areia da praia, diante do mar e de montanhas, era uma paisagem fantástica, lembra-se que por horas ficara contemplando o que tinha diante dos olhos, junto com ele, cujo o nome e feição ela não se recorda; mas sente, quem seja.
Seria isso uma vontade de estar mais próxima? De diminuir toda uma distância que existe e que ao mesmo tempo está se tornando cada vez menor? (...)
Enfim, o dia todo ela esteve com a cabeça nas nuvens. Borboleteando por aí... Ela quis remeter outras mensagens durante o dia, mas achou melhor não... Entrou na internet para ver se tinha recebido algum e-mail ou mensagem dele. Estranho... só as mensagens do dia anterior e um texto novo na sua página pessoal e por sinal, um texto muito bem escrito... Depois de tê-lo lido, ela ficou perplexa, inerte. Ela estava perdida no emaranhado dos seus pensamentos, se encaixou no texto quando ele disse: “ Ser feliz ou acomodar-se? ” ele mexeu na ferida dela. Ela pensou que depois de ter vivido tantas coisas ruins neste fim de semana, vale mais ser feliz, vale mais, muito mais, com certeza...
Acreditar seria um caminho mais fácil de fazê-la chegar perto da realidade, então, ela está crendo que a felicidade está chegando de mansinho, que é para não assustar, nem ela, nem ele.
Já é de tardezinha. A noite cai.




O sonho
Vanessa Lopes / 2008

Um comentário:

um vento... disse...

Mineirinha mostrando que não se acomoda, que coisa bonita isso, uma imensa boniteza. Que os sonhos levem as estrelas mais altas e mais brilhantes e que o vento ao soprar no cabelo seja o inicio da desacomodação.
Bjocas